sexta-feira, 6 de maio de 2011


Engenheiro afirma que os sistemas construtivos utilizados no Brasil são arcaicos



"Os sistemas construtivos utilizados no Brasil ainda são muito arcaicos e um ´chamariz para patologias´". A afirmação é do engenheiro Luiz Henrique Ceotto, diretor de Design & Construction da Tishman Speyer, durante o seminário Patologias na Construção, realizado na última terça-feira (3) em São Paulo pela editora PINI. 

Durante o evento, especialistas debateram o tema e apresentaram soluções para patologias em fundações, estruturas de concreto e revestimentos de fachadas. 

Segundo Ceotto, a construção civil brasileira utiliza sistemas que aumentam muito a chance de patologias, de modo que o desempenho das edificações, de forma geral, fica perto do mínimo desejável. 

A opinião do diretor da Tishman Speyer é de que a Norma de Desempenho NBR 15575 - Edifícios Habitacionais de até cinco pavimentos deve favorecer a elevação do nível da construção. Ainda assim, ele acredita que a falta de normas técnicas adequadas às tecnologias mais recentes deve continuar atrapalhando o trabalho dos engenheiros. Já para o engenheiro Paulo Grandiski, perito e consultor técnico do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo (Ibape-SP), nesses casos existe sempre a possibilidade de se recorrer a normas internacionais ligadas ao Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro). 

A falta de mão de obra qualificada foi outra problemática levantada pelos participantes do seminário, já que muitas patologias decorrem da falta de conhecimento técnico. "O setor tem de buscar formas de qualificar profissionais para evitar problemas em obras, o problema é que não há iniciativa", disse o engenheiro Jonas Silvestre Medeiros, da Inovatec Consultores Associados. 

Para o engenheiro Jefferson Libório, professor da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), a qualidade dos materiais é outro aspecto a ser considerado para a prevenção de patologias. "Não há possibilidade de evitar totalmente as patologias, mas é necessário reduzir ao mínimo o risco de elas existirem", complementa o engenheiro Milton Golombek, diretor-sócio da Consultrix e conselheiro da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos (ABMS). 

Fonte: http://www.crea-am.org.br/src/site/
Acesso em: 06/05/2011

Ar-condicionado solar não consome eletricidade

O ar-condicionado natural se baseia no chamado "efeito chaminé": no interior da estrutura, o ar aquecido se torna mais leve e tende a subir, aspirando o ar dos ambientes e substituindo-o pelo ar exterior. [Imagem: Ag. FAPESP]

Morar em um país como o Brasil, onde cada região possui um clima diferente, pode ser bom para uns e ruim para outros.

Um estudo realizado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sobre chaminés solares, no entanto, pode ajudar a refrescar quem vive em áreas mais quentes.

Chaminé solar

A chaminé solar desenvolvida pelo professor Maurício Roriz e seus orientandos Fernando Sá Cavalcante e Letícia de Oliveira Neves, adota o mesmo princípio de um aquecedor solar de água e pode ser instalada para estimular a ventilação natural em residências ou escritórios.

"A chaminé funciona como um coletor solar: os raios solares atravessam um vidro e aquecem uma placa metálica preta, situada abaixo dele. Aquecida, a placa emite calor, mas em freqüência diferente da que vem do sol e para a qual o vidro é opaco. Assim, o calor entra, mas não consegue sair", explica Roriz.

Nos coletores solares convencionais a água se aquece ao circular em tubos que passam sob a placa quente. "Na chaminé solar, em vez de água passa o ar", disse.

Esse ar-condicionado natural se baseia no chamado "efeito chaminé": no interior da estrutura, o ar aquecido se torna mais leve e tende a subir, aspirando o ar dos ambientes e substituindo-o pelo ar exterior, mais puro e geralmente mais confortável, particularmente nos climas típicos do Brasil.

"Trata-se, portanto, de um processo de ventilação provocado por diferenças de temperatura e de pressão, sendo muito eficiente para promover o conforto térmico nas horas quentes, mesmo em áreas urbanas densamente ocupadas, onde os obstáculos impedem o aproveitamento da ação direta do vento", comentou Roriz.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=arquitetura-bioclimatica-ar-condicionado-solar&id=010170110428